Enfim o primeiro diário de gravidez está no ar. E confesso que demorei um tanto pra tomar coragem de vir aqui pra começar a contar a essa história toda, porque ainda estou assustada, chocada e dando um passo de cada vez. Mas como prometido, foi só esse medo passar um pouco e apareci.
Decidi montar o diário a medida que tiver coisas interessantes para ir contando. Imagino que agora no começo da gravidez e no final eu tenha mais o que falar. Então não irei estipular datas para essa série e espero que entendam.
Pra começar, vou contar como descobrimos, como estamos aceitando e como foi contar para nossas famílias. Espero muito que gostem!
Descobrindo:
Bom, como vocês podem ver, já tem quase um mês que descobrimos que iriamos ser pais. Foi no dia 14 de setembro que fiz o primeiro exame. Estava na casa do Antônio e dei a ideia de fazer o exame já que minha menstruação estava começando a atrasar. Então ele comprou e fiz. Na foto, vocês podem ver claramente as duas listras (o que significa, positivo), porém não quis muito acreditar, me enganava falando que uma estava muito clara e que era pra fazermos outro. Mas daí, o Antônio deu a ideia de fazer o de sangue.
Fui então pra casa, e no dia 16 fomos no laboratório e fiz a coleta de sangue. O resultado saia no mesmo dia, não me contive e fui sozinha mesmo pega-ló. Prometi pro Antônio que esperaria ele chegar pra abri, mas minha ansiedade era tanto que antes mesmo de sair do prédio do laboratório eu já sabia o resultado. Era realmente, positivo.
Naquele momento eu não sabia pra onde ia, liguei pro Antônio desesperada. E em algumas horas ele me encontrou. Eu só sabia chorar. Fomos pra casa de um casal de amigos para tentar distrair um pouco, mas aquela angústia estava dentro de mim. Como contar pros meus pais?
Contando pra família:
Nesse mesmo dia mandei uma mensagem pro meu irmão do meio pedindo que ele me encontrasse, pois queria conversar com ele. Logo quando chegou falei e sua reação foi até boa. O que me deixou mais tranquila pra falar com meus pais. Confesso que deixei passar um bom tempo até tomar coragem. Nesse meio tempo o Antônio já havia contado pros pais dele e a reação também foi boa. Bom, agora era só achar uma boa oportunidade pra conversar com os meus.
Foi então em um domingo a tarde que chamei meus pais e falei diretamente o que estava acontecendo. Não vou mentir pra vocês e falar que eles me abraçaram e ficaram mega felizes, pois não foi assim.
Minha mãe se chateou muito, meu pai chorou bastante, ficou decepcionado conosco, brigou um tanto. E eu não tiro a razão deles. Eu e o Antônio somos dois adolescentes, não temos trabalhos fixos e ainda dependemos dos nossos pais. Porém em momento algum, eles viraram as costas. E agora já estão gostando muito da ideia de serem avós.
Aceitação:
Essa é com certeza a parte mais difícil de escrever pra vocês. Confesso que até hoje ainda não aceitei totalmente. Sei que uma criança é uma alegria imensa pra família, que é um ser puro, cheio de amor. Sei porque convivo diariamente com o afilhado da minha mãe, convivo também com meus priminhos e afilhada. Porém o bebê que vem, será meu. Toda responsabilidade e compromisso para cria-ló será meu (e do Antônio). É uma pressão muito grande.
Tento pensar nas coisas boas. Em como poderei fazer que ele se torne um adulto de bem, que faça algo bom para o mundo. Mas e se der errado? E se isso não acontecer? Outro fator que me apavora é não conseguir dar a ele o que ele precisará. Alimentação, saúde, conforto de um lar, educação. Essas coisas que meus pais me deram, porém com todo o esforço do mundo.
Penso, mesmo com contraditórias, que tudo na vida tem um porque de acontecer. E se esse presente nos foi dado, aceitaremos com muito amor.
Espero que tenham gostado e se tiverem alguma sugestão ou dúvida podem deixar aqui nos comentários.